Enquanto a classe A representa apenas 2% dos domicílios das cidades de Minas, o consumo dessa fatia representa 12% do total do estado. Estudo inédito do Ibope Inteligência mostra que em 2011 os mais ricos consumirão R$ 13,76 bilhões. Em contrapartida, 21,9% da população está inserida na classe D/E, 11 vezes mais que a A, e essa parcela da população consome apenas metade do montante da primeira. Como forma de compensar a falta de renda, a classe mais pobre da sociedade depende de benefícios não monetários para pagar as contas.
Do vale-transporte às bolsas assistenciais do governo, a renda das famílias da classe D/E, segundo a gerente de Geonegócios do Ibope Inteligência, Marcia Sola, é dividida igualmente entre o salário e esses complementos, tornando-os essenciais no dia a dia para pagar as contas. Um exemplo claro são os gastos com os componentes outros produtos e outros serviços: as famílias inseridas nessa classe social têm gastos negativos nesses quesitos. “O estudo considera só os ganhos monetários.
Sem recursos para chegar ao fim do mês, as famílias das classes mais baixas também têm menos recursos para queimar a famosa “gordurinha”. Os gastos com a soma dos conjuntos outros produtos e outros serviços – incluem-se ai viagens, poupanças, contas de luz e água, habitação, transportes, salários de empregadas domésticas e outros – são maiores nas classes mais ricas, formando-se assim uma pirâmide invertida na comparação poder aquisitivo e consumo. Assim, 63% dos gastos da classe A são com os itens considerados extras; a B disponibiliza 41%; a C, 17% e a D/E, -40% – a explicação para o percentual negativo é que o total de rendimentos monetários é insuficiente para cobrir esses gastos, sendo necessário o uso de recursos que não o dinheiro para pagá-los.
Diferença na sobra “O que diferencia a classe A da B é a sobra do orçamento. Os mais ricos podem gastar com viagem, jantar fora e poupança, enquanto o orçamento da classe B é o mais pesado. Eles tentam ascender à faixa A, mas com o bolso apertado. Sobra menos dinheiro”, afirma a especialista do Ibope Inteligência. Também são os mais pobres que destinam maior parte do salário a itens básicos, como alimentação. A média geral de gasto dos mineiros com comida é de 17%, enquanto a classe C dispensa mais de um quarto do orçamento para o quesito. A justificativa é bem simples: os gastos são obrigatórios em todas as faixas salariais e à medida que a receita é menor o percentual gasto é maior.
NÚMEROS
R$ 22.696
É o consumo anual de uma família de quatro pessoas
R$ 29.928
É a renda média familiar mineira no período de um ano
43%
dos gastos médios das famílias são com os componentes outros produtos e serviços, incluindo-se aí as despesas com viagens, poupanças e habitação
26%
dos gastos da classe C são para custear alimentação, enquanto a média geral é de 17%
Fonte: Estado de Minas
Do vale-transporte às bolsas assistenciais do governo, a renda das famílias da classe D/E, segundo a gerente de Geonegócios do Ibope Inteligência, Marcia Sola, é dividida igualmente entre o salário e esses complementos, tornando-os essenciais no dia a dia para pagar as contas. Um exemplo claro são os gastos com os componentes outros produtos e outros serviços: as famílias inseridas nessa classe social têm gastos negativos nesses quesitos. “O estudo considera só os ganhos monetários.
Sem recursos para chegar ao fim do mês, as famílias das classes mais baixas também têm menos recursos para queimar a famosa “gordurinha”. Os gastos com a soma dos conjuntos outros produtos e outros serviços – incluem-se ai viagens, poupanças, contas de luz e água, habitação, transportes, salários de empregadas domésticas e outros – são maiores nas classes mais ricas, formando-se assim uma pirâmide invertida na comparação poder aquisitivo e consumo. Assim, 63% dos gastos da classe A são com os itens considerados extras; a B disponibiliza 41%; a C, 17% e a D/E, -40% – a explicação para o percentual negativo é que o total de rendimentos monetários é insuficiente para cobrir esses gastos, sendo necessário o uso de recursos que não o dinheiro para pagá-los.
Diferença na sobra “O que diferencia a classe A da B é a sobra do orçamento. Os mais ricos podem gastar com viagem, jantar fora e poupança, enquanto o orçamento da classe B é o mais pesado. Eles tentam ascender à faixa A, mas com o bolso apertado. Sobra menos dinheiro”, afirma a especialista do Ibope Inteligência. Também são os mais pobres que destinam maior parte do salário a itens básicos, como alimentação. A média geral de gasto dos mineiros com comida é de 17%, enquanto a classe C dispensa mais de um quarto do orçamento para o quesito. A justificativa é bem simples: os gastos são obrigatórios em todas as faixas salariais e à medida que a receita é menor o percentual gasto é maior.
NÚMEROS
R$ 22.696
É o consumo anual de uma família de quatro pessoas
R$ 29.928
É a renda média familiar mineira no período de um ano
43%
dos gastos médios das famílias são com os componentes outros produtos e serviços, incluindo-se aí as despesas com viagens, poupanças e habitação
26%
dos gastos da classe C são para custear alimentação, enquanto a média geral é de 17%
Fonte: Estado de Minas