A indústria foi o setor da economia mais afetado e o PIB da atividade registrou queda de 5,6% em 2009
Rio - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2009 e indicou que a economia brasileira teve uma retração menor naquele ano. O indicador registrou queda de 0,3%, contra um desempenho negativo de 0,6% apresentado inicialmente.
Em 2009, a economia brasileira foi afetada pela forte crise global, agravada pela quebra do banco norte-americano Lehman Brothers no fim de 2008. Entre outras conseqüências, a crise secou o crédito ao país e afetou o comércio exterior. Diante disso, a indústria foi o setor mais afetado da economia. O PIB da atividade caiu 5,6% em 2009, já revisado. Inicialmente, o IBGE havia divulgado uma queda maior, de 6,4%.
Escorado no consumo doméstico (que se desacelerou, mas ainda apresentou crescimento em 2009), os serviços sustentaram ainda algum dinamismo da economia. O crescimento do setor foi revisto de 2,2% para 2,1%. Já o dado da agropecuária passou de uma queda de 4,6% para uma redução menor de 3,1%.
Pelo lado da demanda, alta do consumo das famílias variou de 4,2% para 4,4%. Já o crescimento do consumo do governo, oscilou de 3,9% para 3,1%. Os investimentos, também muito afetados pela confiança abalada pela crise e pela retração do crédito, caíram 6,7%, menos do que a queda de 10,3% originalmente estimada.
Com quase dois anos de defasagem, o IBGE divulgou ontem os dados definitivos do PIB de 2009. No cálculo, são usados todos as informaçõesoficiais utilizadas para mensurar a produção de bens e serviços dos setores públicos e privados. Algumas dessas informações não estão disponíveis no próprio ano de divulgação do dado e são estimados. Agora, o IBGE passa a incorporar esses dados mais precisos.
Influência - A revisão da variação do Produto Interno Bruto de 2009 para um quadro de recessão ligeiramente mais amena tem alguma influência sobre a revisão do resultado de 2010, mas não significa necessariamente que ele será revisado para cima.
A explicação foi dada pelo coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto, que divulgou a revisão definitiva da variação do PIB de 2009. O resultado ficou em -0,3%, ante -0,6% da última estimativa preliminar.
"Esse efeito de carregamento é maior na comparação trimestral. Na anual, quase não há esse efeito", disse Olinto, dando como exemplo o efeito estatístico da variação do PIB num último trimestre de um ano sobre o resultado do primeiro do ano seguinte.
Ele reconheceu que a revisão para um desempenho mais favorável do PIB em 2009 muda a "estrutura de pesos" na série usada para a revisão do PIB de 2010, mas ressaltou que o impacto é pequeno e que o resultado da reavaliação depende de uma série de outros fatores, como a atualização dos dados de várias atividades econômicas.
Fonte: Diário do Comércio
Rio - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2009 e indicou que a economia brasileira teve uma retração menor naquele ano. O indicador registrou queda de 0,3%, contra um desempenho negativo de 0,6% apresentado inicialmente.
Em 2009, a economia brasileira foi afetada pela forte crise global, agravada pela quebra do banco norte-americano Lehman Brothers no fim de 2008. Entre outras conseqüências, a crise secou o crédito ao país e afetou o comércio exterior. Diante disso, a indústria foi o setor mais afetado da economia. O PIB da atividade caiu 5,6% em 2009, já revisado. Inicialmente, o IBGE havia divulgado uma queda maior, de 6,4%.
Escorado no consumo doméstico (que se desacelerou, mas ainda apresentou crescimento em 2009), os serviços sustentaram ainda algum dinamismo da economia. O crescimento do setor foi revisto de 2,2% para 2,1%. Já o dado da agropecuária passou de uma queda de 4,6% para uma redução menor de 3,1%.
Pelo lado da demanda, alta do consumo das famílias variou de 4,2% para 4,4%. Já o crescimento do consumo do governo, oscilou de 3,9% para 3,1%. Os investimentos, também muito afetados pela confiança abalada pela crise e pela retração do crédito, caíram 6,7%, menos do que a queda de 10,3% originalmente estimada.
Com quase dois anos de defasagem, o IBGE divulgou ontem os dados definitivos do PIB de 2009. No cálculo, são usados todos as informaçõesoficiais utilizadas para mensurar a produção de bens e serviços dos setores públicos e privados. Algumas dessas informações não estão disponíveis no próprio ano de divulgação do dado e são estimados. Agora, o IBGE passa a incorporar esses dados mais precisos.
Influência - A revisão da variação do Produto Interno Bruto de 2009 para um quadro de recessão ligeiramente mais amena tem alguma influência sobre a revisão do resultado de 2010, mas não significa necessariamente que ele será revisado para cima.
A explicação foi dada pelo coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto, que divulgou a revisão definitiva da variação do PIB de 2009. O resultado ficou em -0,3%, ante -0,6% da última estimativa preliminar.
"Esse efeito de carregamento é maior na comparação trimestral. Na anual, quase não há esse efeito", disse Olinto, dando como exemplo o efeito estatístico da variação do PIB num último trimestre de um ano sobre o resultado do primeiro do ano seguinte.
Ele reconheceu que a revisão para um desempenho mais favorável do PIB em 2009 muda a "estrutura de pesos" na série usada para a revisão do PIB de 2010, mas ressaltou que o impacto é pequeno e que o resultado da reavaliação depende de uma série de outros fatores, como a atualização dos dados de várias atividades econômicas.
Fonte: Diário do Comércio