De janeiro a setembro, houve cerca de 1,57 milhão de tentativas de golpes.Setor
de serviços lidera os registros, com 36% do total, segundo pesquisa.
A cada 15 segundos um consumidor brasileiro é
vítima da tentativa de fraude conhecida como roubo de identidade, em que dados
pessoais são usados por criminosos para obter crédito com a intenção de não
honrar os pagamentos ou fazer um negócio sob falsidade ideológica, segundo
pesquisa divulgada nesta sexta-feira (9) pela Serasa Experian.
O número é recorde no período desde 2010, quando
teve início a medição e representa uma alta de 5,9% em relação a 2011. No ano
passado, houve 1,48 milhão de registros entre janeiro e setembro e, em 2010,
foram 1,38 milhão no mesmo período.Entre janeiro e setembro deste ano, houve
cerca de 1,57 milhão de tentativas de fraudes, de acordo com o Indicador Serasa
Experian de Tentativas de Fraudes.
As principais tentativas de golpe incluem a
emissão de cartões de crédito com identidade falsa ou roubada, financiamento de
eletrônicos no varejo, abertura de conta, compra de automóveis, entre outras.
Setores. De
acordo com a pesquisa, o setor de serviços – que inclui seguradoras, construtoras,
imobiliárias e serviços em geral (pacotes turísticos, salões de beleza, etc.) –
lidera os registros de tentativa de fraude entre janeiro e setembro deste ano.
Foram 563.323 registros no período, o correspondente a 36% do total.
Desde o início da medição da Serasa, os serviços
lideram o ranking de tentativas de fraudes – foram 30% em 2010, e 33% em 2011.
Em segundo lugar está o setor de telefonia, com
33% dos registros entre janeiro e setembro deste ano. Em 2011, esse índice foi
de 25%. No total, foram 518.145 casos nos primeiros nove meses de 2012.
O ranking é composto ainda de bancos e
financeiras (18%), varejo (11%) e outros (2%).
“Os golpistas usam os dados das vítimas para
obter talões de cheque e cartões de crédito e fazer empréstimos bancários. Depois,
os cheques e cartões são utilizados em restaurantes, salões de beleza, na
compra de pacotes turísticos, entre outros”, diz, em nota, o presidente da
Serasa Experian, Ricardo Loureiro.
De acordo com a empresa, consumidores que
tiveram seus documentos roubados estão mais suscetíveis às fraudes. Com apenas
uma carteira de identidade ou um CPF nas mãos de golpistas, dobra a
probabilidade de a pessoa ser vítima de uma fraude.
“É comum, no dia a dia, apresentarmos nossos
documentos a quem não conhecemos. (...) Há ainda os cadastros pela internet.
Tudo isso torna difícil ter controle sobre quem tem acesso aos nossos dados,
mas há formas de o consumidor se prevenir. Uma delas é nunca deixar o documento
com um desconhecido quando você não estiver por perto”, orienta Loureiro.
Fonte: 09/11/2012 12h40 - G1 - Economia